Princípios de um mover genuíno de Deus

1º O mover genuíno está em fazer o que Pai está fazendo - No mover de Deus, não há espaço para es­tratégias humanas: só podemos fazer o que o Pai está fazendo. O mover de Deus está em líderes humildes, que se ajoelham diante de Deus e clamam para saber o Seu agir. O mover de Deus não muda; antes, cresce. Deus está fazendo hoje o que Ele estava fa­zendo na época de Jesus. Ele age de modo progressivo.

2º O mover de Deus passa obrigatoriamente pela salvação do perdido - Não existe mover de Deus genuíno que não redunde em salvação de pessoas. Jesus não morreu por coisas, Ele morreu por pessoas. Deixe o Senhor conquistar seu coração, porque ninguém pode conquistar quem não se deixa ser conquistado. O Senhor prometeu a Abraão que ele seria pai de multi­dões, que assim como são as estrelas do céu e a areia do mar, seria sua descendência. Está diante de nós a maior colheita que a Terra poderá ver.

3º O mover de Deus é, antes de tudo, uma escolha de Deus - Participar do mover de Deus, antes de tudo, não é uma questão de me dispor, mas de ser chamado pelo Senhor. Esse chamado é diferente da experiência da salva­ção. Você foi salvo pelo Senhor, mas agora precisa ser constrangido pelo Seu amor. É muita graça de Deus nos escolher para que possamos ser participantes daquilo que Ele quer fazer, participar de uma obra exclusiva d’Ele.

4º O mover genuíno de Deus é um mover de honra - Quando você humil­demente se submete a alguém em admiração e honra, automaticamente você receberá da unção e do espírito daquela pessoa. Jesus honrou o Pai e por isso o Pai O honrou. Deus só é honrado com algo que nos custa. A única maneira de quebrar a semente da rebelião que existe dentro do ho­mem é reconhecer que não somos nada, não prestamos para nada e que Ele é tudo.

5º Sem autoridade, não há mover genuíno de Deus, que é fruto de realidade - O Diabo não tem medo de gritaria de crente canela de fogo, ele teme gente que anda com Deus, que conhece a cruz. Jesus expul­sou demônios durante todo Seu ministério, mas foi na cruz que Ele venceu Satanás. O Diabo só é vencido quando você morre para si mesmo. Por isso, antes de procurar o político, o pastor, o irmão que é rico, procure a Deus no seu quar­to, esse é o caminho para a realidade, para a autoridade e para o mover genuíno de Deus.

6º O mover genuíno de Deus somente pode ser feito por homens que abriram mão de ambições pessoais para fazer a obra - Se você quer participar do mover genuíno de Deus, tem que ter disposição de abrir mão da sua vontade própria de buscar honra, poder e glória, porque isso é tudo que eu, você e todos nós queremos. A Bíblia mostra que Jesus não aceitava glória que viesse de ho­mem. Precisamos de líderes, pastores e anfitriões que estão na obra não porque querem algo em troca, mas porque entenderam que foram chamados.

7º O mover de Deus precisa e exige o testemunho do céu a seu respeito - A prova de que a obra que estou fazen­do faz parte do mover genuíno de Deus é que outro está dando testemunho de mim, e não eu mesmo. Há um testemunho interior dos que estão ouvindo, de tal maneira que eles reconhecem que aquelas palavras procedem de Deus, ainda que não possam explicar. A Bíblia diz que o Espírito de Deus é o selo e que nós fomos selados pelo Seu Espírito. O selo do Espírito é a unção.

8º Quando a unção de Deus está presente, há um testemunho - Jesus disse que não aceita testemunho hu­mano porque no mover de Deus não cabe o ego. O ego é algo destruidor, é o homem no centro. O importan­te não é quem eu sou, o importante é quem Cristo é em mim. Liberte-se de você mesmo e descubra a maravilha de viver a verdadeira liberdade em Cristo. Se você tem algo em Deus, você tem; se não tem, não tem.

9º Não há espaço para voluntários no mover de Deus, apenas para enviados - A obra de Deus não pode ser feita nem por pessoas que estão indo à frente de Deus (aqueles que Deus não mandou, mas eles estão indo), e nem por quem está indo atrás (aqueles que Deus mandou ir e não estão indo). Quem, na verdade, foi enviado pelo Senhor vê a coroa lá na frente, a recompensa, e apesar das dificuldades, não irá parar até que alcance o alvo.

10º O mover de Deus só pode ser feito por homens que são sustentados e mantidos constantemente pela Palavra de Deus - Ter a palavra significa que, quando leio a Palavra de Deus e descu­bro que o que eu estava fazendo ou falando não está em linha com ela, eu paro e choro diante de Deus. Clamo para que o Senhor me dê revelação sobre o que é amar, perdoar, tomar a cruz, perder hoje para ganhar amanhã. Se você não tem a Palavra genuí­na, que é fruto de uma busca, você não pode participar do mover genuíno de Deus.

11º Não há mover genuíno de Deus sem oração - Orar não é uma coisa simples, exige determinação. A oração é apenas o resultado da necessidade. Orar é depender de Deus, e só depende de Deus quem descobriu por reve­lação que não consegue realizar coisa alguma por si mesmo.

12º A obra de avivamento é uma obra de amor - Não há mover genuíno sem amor. O conceito de amor é muito superior ao da lei. Ele resumia toda a lei e os profetas: amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próxi­mo como a ti mesmo. Jesus nos amou a ponto de dar a própria vida por nós, esse é o padrão do amor. Há quatro conceitos de amor na obra de Deus (1 Co 13).

- É um compromisso incondicional – Amar é dar sem esperar receber algo em troca. É quan­do decidimos amar alguém, porque, antes de amá-lo, amamos a Cristo, e Seu amor já foi derramado em nossos corações.

- É um compromisso com gente imperfeita - Amar pessoas maravilhosas, se é que elas existem, até os incrédulos podem fazer, mas amar pessoas cheias de defeitos e pecados como nós somente os vencedores cheios do amor de Deus são capazes de fazê-lo.

- Sempre procura fazer o melhor para o outro - Fazer o melhor para o outro não é fazer sempre o que o outro gosta ou o que o outro quer; antes, é fazer o que o outro precisa. E isso significa que muitas vezes amar é confrontar, é dizer não, para o bem do outro.

- É sempre sacrifical - Se você, de fato, ama alguém, em algum momento, esse amor lhe cus­tará algo. Na verdade, lhe custará um alto preço. O verdadeiro mover de Deus passa por pessoas que estão se sacrificando em favor de outras.

13º O mover de Deus vem através de homens que estão vindo em nome d’Ele - Quando eu falo o nome de uma pessoa, trago através do seu nome toda a representatividade dessa pessoa, sua posição, seu temperamento, seus atos. Vir em nome de Deus é viver Seus valores, é mostrar Jesus em seu caráter, em suas decisões e atitudes. O mover genuíno de Deus são homens que, como disse Agostinho, pregam a Cristo em todo tempo e, quando necessário, usam também as palavras.

14º Avivamento não é buscar glória pessoal, é buscar a presença de Deus - Queremos um mover genuíno de Deus, a presença do Senhor em nosso meio produzindo em nós um genuíno quebrantamento e consagração, frutos do convencer do Espírito em nosso co­ração, e não do muito falar do homem ou de alguma música que mexa com nossas emoções. Há um clamor no coração de muitos insatis­feitos que um dia provaram das águas profundas de Deus e agora se recusam a viver nas rasuras dos dias de hoje.

15º Os religiosos não podem participar do mover de Deus - Religiosos não podem participar do mover de Deus porque estão presos em seus precon­ceitos legalistas e querem colocar Deus den­tro de uma caixinha para caber dentro desses conceitos preestabelecidos. Não se feche para o que Deus está fazen­do ou pode vir a fazer nos dias de hoje. Pode ser algo que nunca vimos antes, escândalo para os religiosos, mas mover de Deus para os simples de coração.

16º O mover de Deus é um mover de fé - A verdadeira obra, segundo Jesus, é cometer a loucura de crer naquilo que não estamos vendo, caminhar em cima daquilo que não estamos tocando. É crer que aquilo que o Senhor tem prometido Ele irá cumprir em sua casa, em sua vida, na vida dos seus filhos, porque Ele é fiel. Decida hoje viver pela verdade da Palavra de Deus e não mais pelos fatos mostrados pelo Diabo e pelas circunstâncias. Decida viver uma vida de fé e participar de um mover genuíno do Espírito nos poucos dias de sua oportuni­dade na terra.

por Naor Pedroza