Além da presença real de Deus no meio do povo, havia uma nuvem que nunca os deixou em todas as peregrinações. Só era preciso observar a nuvem. Durante o dia havia uma coluna de nuvem. Porque o deserto era escaldante, e para o povo não adoecer com tanto calor, a nuvem estava sobre todo o arraial o tempo todo, fazendo sombra e amenizando a temperatura. À noite era uma coluna de fogo, porque ficava um frio tão grande no deserto, e só aquele fogo mantinha a temperatura estável. Só tinha um detalhe: eles tinham que seguir a nuvem. Quando a nuvem se erguia, eles tinham que desarmar o tabernáculo, desarmar suas tendas e seguir.
Teve lugar que a nuvem ficou parada por dois anos, como é o caso Cades-Barneia, por exemplo. Por dois anos a nuvem esteve parada. Se algum falasse: “Nós já estamos muito tempo aqui. Nós temos que ir”. Mas a nuvem do Senhor, que é a unção, a direção, não estava se movendo. Nesse caso, sossega, Israel. Mas também teve vezes em que eles chegavam num novo local, desarmavam a tenda, e era menino chorando, os pais e as mães arrumando as coisas de um lado para outro… Talvez se passava um dia, dois. Nem dava tempo de armar a tenda direito, e então a nuvem se movia.
– Puxe, Moisés… Puxa, Senhor, o que é isso? Já vamos marchar de novo?
Ou segue, ou fica para trás. É melhor seguir a nuvem. Quarenta anos seguindo a nuvem e nunca deu nada errado. O que deu errado foi quando o povo desobedeceu. Mas, a direção de Deus foi sempre sábia e prudente. Deus sempre levou o povo para onde tinha água, onde tinham palmeiras, onde havia segurança a proteção, sempre.
Nós dizemos hoje que o Espírito Santo, na igreja, é como a nuvem de Israel no deserto. O Espírito Santo conduz a igreja como Ele quer. Jesus falou para Nicodemos: “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito” (João 3.8). Você pode até não saber para onde vai, mas se você seguir, não vai “dar com os burros n’água”, como diz o matuto. Você vai dar sempre com os burros na boa água, não na água ruim.
Extraído do Livro “Transição da Igreja” – Ivanildo Gomes, MDA Publicações, 2014.
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