A semente foi plantada
Eu tinha apenas sete anos quando a realidade do campo missionário descortinou-se diante dos meus olhos, foi durante a Escola Bíblica de Férias quando ouvi a história do menino Samuelito, uma criança triste, solitária e carente que, através de uma missionária , pela primeira vez ouve falar de Jesus e tem a sua vida e a de sua família transformada. Fiquei muito impressionada com a possibilidade de uma só pessoa levar uma família inteira a Jesus. Pensei muito sobre o assunto e fui profundamente tocada com a carência daquele povo, com a tristeza do menino, com a beleza do trabalho missionário e com a impressionante mudança daquela família.
No final da história, a professora levou todo o grupo infantil a fazer um clamor por missões mundiais e disse que talvez ali estivesse presente algum futuro missionário para regiões distantes. Meu coração acelerou, esqueci todas as minhas limitações e disse, bem alto: Eu, tia!...Ela sorriu.
Eu não sabia, mas, naquele instante, DEUS também sorriu e aceitou a minha oferta.
A partir daquele dia o trabalho missionário tornou-se meu ideal de vida, a chamada queimava e abrasava meu coração,dormia e acordava pensando que um dia, tão logo crescesse e estivesse pronta, desbravaria terras distantes e levaria a paz ao coração de muitos Samuelitos aflitos.
Com treze anos de idade comecei a evangelizar viciados em drogas e a lecionar em classes de boas-novas para crianças, Algum tempo depois, passei a freqüentar um curso de Teologia como ouvinte, já que não tinha dinheiro e nem idade para estudar normalmente. Não foi uma época fácil, mas foi apenas a sombra do que estava por vir até que meu sonho se realizasse...
Certo dia, ao chegar ao templo onde congregava, percebi que se tratava de um culto diferente, pois, naquela época, cultos de missões não eram tão comuns como hoje. Uma missionária estava visitando a congregação, ela trabalhava com índios e a simples visão daquela mulher me deixou fascinada. Eu aguardei ansiosa a hora da mensagem, sabia que Deus falaria comigo naquela noite. E falou.
A missionária chamava-se Irene, era uma mulher simples, mas, cada uma de suas palavras tinha o peso da aprovação do Espírito Santo. Lembro-me pouco acerca do sermão em si, mas, recordo-me perfeitamente que suas palavras vinham ao meu encontro como flechas vindas diretamente do trono de Deus. Ela nos desafiou a fazermos alguma coisa a mais do que simplesmente esperar que alguma coisa sobrenatural aconteça. Deus queria decisão, Ele não precisava de espectadores e sim de pessoas dispostas não somente a dizer :Eis-me aqui, como também a tomar uma atitude em relação a essa entrega. A palavra chave era: Missionários Ativos. Deveríamos fazer alguma coisa em prol de nosso chamado: Nos prepararmos, buscarmos capacitação, não deixando escapar as oportunidades. Fazer o que estivesse ao nosso alcance e o primeiro passo seria fazer uma entrega real e verdadeira. Assumir um compromisso com o Senhor da Seara. Buscar a certeza de um chamado único e superior a todos os demais anseios.
Foi feito o convite para ir à frente todo aquele que havia sentido o chamado de Deus para a obra missionária. Eu fui e caí de joelhos diante do Senhor. Não tive uma visão e não ouvi nenhuma voz, mas senti dentro de meu coração que Deus havia falado comigo.Naquele momento, fiz uma simples e singela oração:
- Senhor, estou aqui diante de ti para te dizer que sou tua para que tu realizes todo e qualquer propósito que determinar teu coração. No entanto, preciso te avisar que não tenho talento algum, não sei cantar, nem pregar, e nem fazer coisa alguma. Não sou nada Senhor. Mas se precisares de mim para fazer qualquer coisa em qualquer lugar: Eis-me aqui. Só te peço humildemente que me capacites para levar a cabo a tarefa que colocares em minhas mãos. Não me importa o que terei que renunciar e nem o sofrimento que me espera, te peço graça para que o melhor lugar do mundo para mim seja exatamente o centro de tua vontade.
Tenho certeza absoluta em meu coração de que Deus aceitou aquela oração exatamente porque não depende de pessoas talentosas para o sucesso de seu trabalho. Os dons e os talentos virão na medida que nós nos dispormos e humildemente nos colocarmos em sua presença para aprofundarmos o nosso relacionamento com Ele.
A certeza da superioridade desse chamado e a convicção de que ele não nasceu simplesmente da emoção era o que me sustentaria diante de todas as dores, dasPrivações e da solidão dessa chamada.
Kelem Gaspar
No final da história, a professora levou todo o grupo infantil a fazer um clamor por missões mundiais e disse que talvez ali estivesse presente algum futuro missionário para regiões distantes. Meu coração acelerou, esqueci todas as minhas limitações e disse, bem alto: Eu, tia!...Ela sorriu.
Eu não sabia, mas, naquele instante, DEUS também sorriu e aceitou a minha oferta.
A partir daquele dia o trabalho missionário tornou-se meu ideal de vida, a chamada queimava e abrasava meu coração,dormia e acordava pensando que um dia, tão logo crescesse e estivesse pronta, desbravaria terras distantes e levaria a paz ao coração de muitos Samuelitos aflitos.
Com treze anos de idade comecei a evangelizar viciados em drogas e a lecionar em classes de boas-novas para crianças, Algum tempo depois, passei a freqüentar um curso de Teologia como ouvinte, já que não tinha dinheiro e nem idade para estudar normalmente. Não foi uma época fácil, mas foi apenas a sombra do que estava por vir até que meu sonho se realizasse...
Certo dia, ao chegar ao templo onde congregava, percebi que se tratava de um culto diferente, pois, naquela época, cultos de missões não eram tão comuns como hoje. Uma missionária estava visitando a congregação, ela trabalhava com índios e a simples visão daquela mulher me deixou fascinada. Eu aguardei ansiosa a hora da mensagem, sabia que Deus falaria comigo naquela noite. E falou.
A missionária chamava-se Irene, era uma mulher simples, mas, cada uma de suas palavras tinha o peso da aprovação do Espírito Santo. Lembro-me pouco acerca do sermão em si, mas, recordo-me perfeitamente que suas palavras vinham ao meu encontro como flechas vindas diretamente do trono de Deus. Ela nos desafiou a fazermos alguma coisa a mais do que simplesmente esperar que alguma coisa sobrenatural aconteça. Deus queria decisão, Ele não precisava de espectadores e sim de pessoas dispostas não somente a dizer :Eis-me aqui, como também a tomar uma atitude em relação a essa entrega. A palavra chave era: Missionários Ativos. Deveríamos fazer alguma coisa em prol de nosso chamado: Nos prepararmos, buscarmos capacitação, não deixando escapar as oportunidades. Fazer o que estivesse ao nosso alcance e o primeiro passo seria fazer uma entrega real e verdadeira. Assumir um compromisso com o Senhor da Seara. Buscar a certeza de um chamado único e superior a todos os demais anseios.
Foi feito o convite para ir à frente todo aquele que havia sentido o chamado de Deus para a obra missionária. Eu fui e caí de joelhos diante do Senhor. Não tive uma visão e não ouvi nenhuma voz, mas senti dentro de meu coração que Deus havia falado comigo.Naquele momento, fiz uma simples e singela oração:
- Senhor, estou aqui diante de ti para te dizer que sou tua para que tu realizes todo e qualquer propósito que determinar teu coração. No entanto, preciso te avisar que não tenho talento algum, não sei cantar, nem pregar, e nem fazer coisa alguma. Não sou nada Senhor. Mas se precisares de mim para fazer qualquer coisa em qualquer lugar: Eis-me aqui. Só te peço humildemente que me capacites para levar a cabo a tarefa que colocares em minhas mãos. Não me importa o que terei que renunciar e nem o sofrimento que me espera, te peço graça para que o melhor lugar do mundo para mim seja exatamente o centro de tua vontade.
Tenho certeza absoluta em meu coração de que Deus aceitou aquela oração exatamente porque não depende de pessoas talentosas para o sucesso de seu trabalho. Os dons e os talentos virão na medida que nós nos dispormos e humildemente nos colocarmos em sua presença para aprofundarmos o nosso relacionamento com Ele.
A certeza da superioridade desse chamado e a convicção de que ele não nasceu simplesmente da emoção era o que me sustentaria diante de todas as dores, dasPrivações e da solidão dessa chamada.
Kelem Gaspar